Numa daquelas vezes em que me sento numa esplanada na praia a contemplar o mar vejo-me a pensar que o tempo encrua o meu modo de ser e que as únicas coisas que dou como certas no universo são as idas e vindas das marés e as gaivotas que picam o mar em busca de peixe.
O resto, nomeadamente, o cumprimento dos habituais frequentadores da mesma esplanada àquelas horas da manhã em que quase todos ainda dormem, a conversa acesa de outros que por ali nunca passaram mas que querem dar palpites na melhor maneira de consertar o mundo, não dou como certo.
O tema de hoje são as pessoas que se cruzam comigo por umas horas, por uns dias, por uma vida. Há pessoas que eu nunca ouvi falar até um dia. Nesse dia chegaram e fizeram-me infeliz. Algumas desapareceram e a lembrança delas faz-me infeliz. Outras continuam a fazer-me infeliz.. Há pessoas que eu nunca ouvi falar até um dia e fizeram-me feliz. Algumas desapareceram e a lembrança delas faz-me feliz. Que pessoas são estas que aparecem e desaparecem tão pouco tempo e mudam tanto a minha vida?
Leonoreta
De
António a 17 de Fevereiro de 2008 às 09:06
Querida Leonor!
Desta vez escreveste um pequeno texto reflexivo, intimista mas universal.
O tema tem pano para mangas mas tu também andas com tanta vontade de escrever como eu e ficaste-te por uma prosaa curta...
Beijinhos
De leonoreta a 17 de Fevereiro de 2008 às 09:18
a falta de vontade de escrever será do tempo nublado?
o céu branco cega-me completamente.
beijinhos
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