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Sexta-feira, 20 de Julho de 2007

Se um dia por acaso

Há cerca de trinta anos que existe um alfarrabista perto da minha casa. E assim como gosto de visitar livrarias e ver se há algum título que me chame a atenção mais gosto ainda de entrar nos alfarrabistas e ver se descubro obras que já deveria ter lido e ainda não li.

Abro um parêntesis. Tive um professor de filosofia que um dia me dizia a meio da aula “Mais tarde ou mais cedo, todos nós temos de ler As Confissões de Santo Agostinho” e eu pensei “Todos nós?”.

Fiquei com a ideia de que As Confissões era um livro a procurar urgentemente antes que me acontecesse alguma e eu fosse para o outro mundo sem ler tal preciosidade.

Mas voltando à conversa do alfarrabista que existe perto da minha casa há cerca de trinta anos…

A particularidade deste alfarrabista é que ao longo das três décadas da sua existência deve ter aberto as portas ao público apenas uma, em dias alternados, e nunca mais de dois seguidos. De modo que, apanhar a loja aberta é uma espécie de sorte grande pelo que o melhor será sempre andar com dinheiro no bolso.

Os livros estão sempre no mesmo sítio e já se encontram com as capas debotadas pelo sol. Sei exactamente o lugar que ocupam de tanto observar a montra e quais comprar quando apanhar a porta aberta. Se a apanhar.

Um desses livros é O retrato de Dorian Gray de Óscar Wilde. Gosto deste autor pelas verdades dele fazerem “plim”com as minhas. (como esta: o meu problema não é ser velho. é ter sido jovem). Curiosamente nunca li nada dele.

Tento descobrir mais títulos, nomeadamente, As confissões. Leio alguns títulos com a cabeça inclinada sobre o ombro direito. Inclino a cabeça para o lado contrário, lendo outros títulos que estão de pernas para o ar. Ah! E maravilha das maravilhas! Descubro As Mitologias de Roland Barthes.

Lembrei-me novamente do professor. A meio de uma aula pedi esclarecimentos sobre uma questão. E ele, pessoa sábia, completamente rendido à minha expressão de tão pura ignorância, perdoada, somente, por uma sede de saber enorme, poupa-me a uma humilhação vitalícia, evitando a pergunta directa ( Nunca leu …..?) pela pergunta subtil (Há quanto tempo não lê As Mitologias de Barthes?).


Mentalmente, somei mais uma obra à lista das futuras leituras. Resta-me apanhar a porta aberta.



Leonoreta

publicado por leonoreta às 13:19

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De CARPE DIEM a 20 de Julho de 2007 às 15:13
esperto que o alfarrabista abra as portas para pelo menos comprares o "retrato de dorian gray " que conheço e gosto, a maldade que envelhece no retrato. dele oscar wilde uma frase sempre retive:" tenho gostos muito simples, o melhor chega-me perfeitamente"


De leonoreta a 22 de Julho de 2007 às 20:01
jorge, é mais uma para eu saber. abraço


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