. Tenho rezado todos os dia...
Subiram o monte, em passos vagarosos. Fingiam-se interessados na paisagem mas na verdade estavam mais interessados em cada gesto e em cada olhar do outro.
Chegaram ao cimo. Pequena igreja pintada de branco. Subiram os degraus. Portadas de madeira em forma de ogiva fechavam-se à curiosidade do escasso público que por ali andava, impossibilitando a contemplação da beleza dos vitrais das janelas, só possível de se admirar pela luz dada do exterior para o interior do santuário.
Passearam pelo terreiro. Um enorme arvoredo cobria todo o monte
O dia estava frio e embora ela estivesse enfarpelada no seu casaco sentia-se gelar, cruzando os braços para não deixar escapar o pouco calor do corpo que ainda lhe restava.
Ele continuava com o braço por cima dela e puxou-a mais para si. Devagar, deu-lhe um beijo na face. E outro e mais outro. Aos poucos virou-a para si e beijou-a na boca. Ela estremeceu. A paisagem desapareceu.
Ele beijava-a e ela estremecia. Como nos romances.
Leonoreta
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