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Sexta-feira, 10 de Agosto de 2007

Fragmentos dela, dele e às vezes dos outros (3)

Subiram o monte, em passos vagarosos. Fingiam-se interessados na paisagem mas na verdade estavam mais interessados em cada gesto e em cada olhar do outro.

Chegaram ao cimo. Pequena igreja pintada de branco. Subiram os degraus. Portadas de madeira em forma de ogiva fechavam-se à curiosidade do escasso público que por ali andava, impossibilitando a contemplação da beleza dos vitrais das janelas, só possível de se admirar pela luz dada do exterior para o interior do santuário.

Passearam pelo terreiro. Um enorme arvoredo cobria todo o monte em redor. Caminhavam lado a lado muito perto um do outro e a pouca distância convidou-o a colocar a mão por cima do ombro dela.

O dia estava frio e embora ela estivesse enfarpelada no seu casaco sentia-se gelar, cruzando os braços para não deixar escapar o pouco calor do corpo que ainda lhe restava.

Ele continuava com o braço por cima dela e puxou-a mais para si. Devagar, deu-lhe um beijo na face. E outro e mais outro. Aos poucos virou-a para si e beijou-a na boca. Ela estremeceu. A paisagem desapareceu.

Ele beijava-a e ela estremecia. Como nos romances.

Leonoreta


publicado por leonoreta às 10:28

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13 comentários:
De Lusitana a 10 de Agosto de 2007 às 13:57
Q texto mais bonito...
Essa história é baseada numa história verídica? ;)
bjnhos *


De António a 11 de Agosto de 2007 às 09:11
Querida Leonor!
Uma bela descrição do início da relação dele e dela, não tendo nada a ver com os outros.
Tem laivos de ser verídica...não sei bem porquê.
Ou será porque está tão bem descrita?

Beijinhos


De leonoreta a 11 de Agosto de 2007 às 14:43
ola antonio
deixa-me responder-te com as mesmas palavras que usei para responder á lusitana
"todos os textos tem o seu que de veridico e toda a realidade tem o seu que de ficção. é o sonho, o desejo que se funde no real e vice versa"
se achas que achas que está bem escrito a honra envaidece-me.
beijinhos



De António a 11 de Agosto de 2007 às 18:07
Acho que está soberbo!
(e sabes que não te estou a dar graxa)

Beijinhos


De Lusitana a 13 de Agosto de 2007 às 13:15
Sabias palavras... sim, está ;)
bjnhos *


De leonoreta a 11 de Agosto de 2007 às 14:40
ola lusitana
todos os textos tem o seu que de veridico e toda a realidade tem o seu que de ficção. é o sonho, o desejo que se funde no real e vice versa.
beijinhos e obrigado por teres gostado.


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