Ela crescera a pensar que o amor acontecia e existia como nos contos de fadas. Para sem pre. Mas um dia constatou que o amor é efémero e que os príncipes são feitos apenas de letras.
A valorização daquele conceito mudara de patamar, descendo um degrau. Quando a confiança chega a um determinado ponto onde já não há descoberta a relação sofre o processo inverso à da construção.
Logo ela substituíra o amor pela amizade, cozinhando relações em banho Maria.
Mas, um dia alguém lhe dissera que este sentimento tão cómodo era a desculpa para a falta de iniciativa e aceitação de novos riscos.
Os amores são efémeros. Os amigos não são eternos.
Questionou-se sobre a necessidade desses dois conceitos isentos de sentido, esperando sempre que as suas respostas não fossem verdadeiras.
Leonoreta
De
António a 13 de Outubro de 2007 às 00:34
Querida Leonor!
Um post tendo algumas semelhanças com o anterior.
Uma reflexão com algo de poético sobre as relações "dele" e "dela" e, algumas vezes "dos outros".
Gostei, deveras...
Beijinhos
De leonoreta a 13 de Outubro de 2007 às 20:55
ola antonio
de certomodo os fragmentos t~em sempre algo em comum,o efémero mesmo que tudo aponte para uma permanência, a ~inconstância mesmo que tudo aponte apra uma constãncia. no fundo será sempre também a solidão , preenchida aqui e ali por brevesmomentos.são fragmentos.
beijinhos
De Anónimo a 13 de Outubro de 2007 às 01:48
Carissima
Este fragmento foi só dela. É tão verdadeiro quanto lhe for pesada a vontade, que a eternidade não sobrevive nem às neves do kilimanjaro. As quando tudo se esvai, quando até a água do banho da Maria, já não é nem morna, sobrevive sempre essa (vã) esperança, que se faz fugaz conforto na expressão vinda não sei de onde: “E pur se mouve”.
(desgraçadamente, muitos num último lampejo de claridade, à horinha da morte e olhando para trás, lá pensam...ora bolas, move-se o c...........”
Tenha uma boa semana. Que o canto das aves neste Outono tão primaveril, se faça música para os seus ouvidos.
De leonoreta a 13 de Outubro de 2007 às 21:00
é verdade o que diz como sempre anónimo.
uns movem e outros fazem que movem algo que afinal nunca se move. ás vezes.
primavera é para mim em qualquer estaçao do ano, apesar de tudo. tenho sempre baldes de tinta para pintar o céu de azul mesmo quando lhe dou pinceladas de algodão branco para me chover no espirito.
beijinhos
De
mac a 13 de Outubro de 2007 às 21:55
É como 1 dos ultimos posts que publiquei: quando o coração está magoado, há tendência a fechá-lo a 7 chaves, no entanto pode-se criar ferrugem...
Love hurts, mas o amanhã existe sempre...
Só agora descobri o Leonoreta... Nem sei como, já que temos alguns amigos comuns na lista... E gostei tanto deste cantinho de improvisos pensados, bem escritos, alguns nostálgicos mas todos tão doces... Adorei os fragmentos, o Bruno pequenino que queria a mãe, a Fernanda que podia roubar namorados e que não casou...as palavras, o raciocínio...
Vou voltar. Vou, vou!
Abraço
De
yuri a 14 de Outubro de 2007 às 19:45
Tudo é efémero na vida, aliás, a própria vida é efemera. Amores amizades são coisas boas de ter, de manter mas só até que durem. Como as alfaces. Negras não nos servem para grande coisa...
Impressionante. Texto que contém uma lição de vida.Tudo é efémero só temos que aproveitar enquanto existe. Priveligiar no melhor sentido a existência do amor, as amizades, os prazeres, os sonhos...Bjs
Querida Leonor
Aqui espalhas a tua beleza que vem de sempre...
Um beijo
Daniel
De pedro alex a 16 de Outubro de 2007 às 19:47
Oh, o Amor é o somatório de Amores por isso é eterno.
Bjs
Hoje venho comentar este fragmento...
Realmente, o amor pode ser efémero, sejamos realistas e confessemos que ele não perdura com a mesma intensidade e sentido no tempo. O amor de um homem e de uma mulher. Porém, pode simplesmente diluir-se por completo, ou voltar-se para outro género de amor, mais parecido com a amizade.
Contudo, é curioso, porque temos a tendência para dizer que as amizades duram para sempre. Talvez porque sobrevivam à custa de um "amor" diferente, mais fácil de "regar". Mas também existem amizades que se dissolvem.
Em certos casos, ficamos a pensar onde está a fronteira entre a amizade e o amor e vice-versa... Uma coisa é certa, uma vida sem ambos é uma vida pobre...
Beijinhos
De somentebia a 18 de Outubro de 2007 às 01:14
É o amor com seus acertos e desacertos, encontros e desencontros, mostrando que a dualidade sempre fará parte dessa forma de aprendizado de vida. Há que existir sempre muita amizade caminhando ao lado do amor, justamente para que reste alguma coisa bonita, caso o amor se abrande ao longo do tempo.
Ficam pétalas perfumadas, um beijo no coração, e o desejo de que lindos anjos recolham teus sonhos para levá-los a florescer entre as estrelas
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