Li um dia... quando e onde não me lembro... às vezes não leio e invento... outras vezes invento e penso que leio. Mas desta vez, tenho a certeza que li a história que vou contar num daqueles artigos curtinhos daquela revista chamada Selecções do Reader’s Digest.
Arthur Miller, comprava diariamente o jornal no mesmo quiosque. O vendedor não era propriamente um exemplo de boa comunicação e ao “bom dia” e “muito obrigado” de Miller respondia sempre com uma espécie de grunhido mal disposto.
Certo dia, Miller compra o jornal acompanhado de um amigo e este ao ver tal saudação (?) da parte do vendedor em resposta à boa disposição de Miller, faz o reparo:
- Viste como ele te respondeu?
- Ah, ele é sempre assim.- E Miller, descontraído, pára na rua com o jornal debaixo do braço a fim de acender o cigarro.
(bom. Se pára ou não, não sei, mas apeteceu-me acrescentar isto aqui)
- E tu continuas sempre a falar-lhe?- continuou o amigo de Miller
- Sim, claro. O que ele quer é que eu lhe responda na mesma moeda mas eu não lhe faço o jeito.
Em psicologia "comportamento gera comportamento". Sabendo disto, contrariamos atitudes negativas,simplesmente, ignorando-as.
Leonoreta
De almapater a 27 de Outubro de 2007 às 11:13
Verdade. Mas transposto para entre 4 paredes, dá muito no “quanto mais me bates, mais gosto de ti”.
Indo por aí a cima, acabamos num tema recorrente em si; os efeitos perniciosas da comodidade, na assunção da coragem, como ponto de partida para a procura de novos caminhos.”
Acredito que a indiferença, é o mais despertador dos sentimentos reactivos. Mas capeia (dar capa) também, muita falta de túbaros. (não os que se comem guisados nas tascas de Moscavide).
Tenha um bom fim de semana., e não fique rouca. Os seus berros, ajudam a combater, o adormecimento das consciências. Mesmo que vc, seja um aparente paradigma do silêncio. ( a crer nos seus textos, fonte de tanto conhecimento.....)
De
António a 27 de Outubro de 2007 às 13:55
Minha querida Leonor!
Depois de ler este teu post psicológico lembrei-me de uma frase que eu e alguns amigos ou conhecidos costumávamos dizer (já lá vão bastantes anos):
"As tuas palavras fazem ricochete na couraça de minha indiferença".
Acho que vou voltar a atirar com ela quando me chatearem...ah ah ah.
Beijinhos
De
lena a 27 de Outubro de 2007 às 22:44
Leonor, minha querida amiga
foi por acaso que aqui te encontrei
gostei do lugar, é acolhedor
parabéns pelo bom gosto
deixo um beijo meu, mais um cantinho com o teu toque tão especial
beijinhos para ti doce amiga e o meu abraço de sempre
lena
De
alexiaa a 28 de Outubro de 2007 às 16:30
Não sei até que ponto ignorar deliberadamente uma atitude com vista a contrariar as expectativas alheias é mesmo ignorar…
Com o tempo percebi realmente que a indiferença é das coisas que mais atingem o ser humano mas não consigo senti-la com facilidade. O que aprendi a fazer foi a “fingi-la” muitas vezes para atingir algum objectivo…mas acho que isso não é a verdadeira indiferença. De qualquer forma a moral é a mesma, comportamentos geram comportamentos…e a necessidade faz o monge (Não sei se é assim, sou péssima a provérbios e pior em atitudes comportamentais).
Bem Maria Leonor (sou boa a inventar nomes), espero que estejas bem e que aches fixe esta minha visita:)))
Beijinhos e…fica bem!
De pedro alex a 1 de Novembro de 2007 às 18:45
E não é que a psico tem razão.
Mas comigo ignorar não funciona, corre-me sangue quente nas veias, não consigo dominar-me nem me esforço por isso.
Pelo menos à M**** o outro iria, nem que fosse em chinês.
Atchim...
Bj:)
De
heretico a 3 de Novembro de 2007 às 14:55
a arte de "dar a volta por cima..."
De somentebia a 8 de Novembro de 2007 às 01:20
Acredito que em situação idêntica eu adotaria a mesma tática do Arthur Miller, pois acredito ser preferível continuar a agir de acordo com nossos padrões de educação do que sujeitarmo-nos às esquisitices do outro.
Gosto dos teus textos, amiga, sempre nos levando a refletir sobre algum acontecimento.
Ficam pétalas perfumadas, um beijo no teu coração, e o desejo de dias lindos a enfeitar tua vida.
De X a 12 de Novembro de 2007 às 17:27
Comportamento gera mesmo comportamento, a indiferença pode ser uma arma incrível mas também pode jogar contra nós ao protelarmos uma situação mal resolvida que se prolonga no tempo.
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