. Tenho rezado todos os dia...
A primeira vez que ouvi falar de Jesse James teria mais ou menos uns vinte anos. Na procura de novidades musicais (em vinil) houve um que me chamou a atenção pela sua capa que me fazia lembrar um pôr do sol por causa das suas cores quentes, amarelo e vermelho. Quatro cabeças famosas da country music interpretavam a história de um dos mais famosos bandidos americanos.
Fui ver o filme “O assassino de Jesse James”. O momento dos dois disparos que se ouvem no disco que avisa o ouvinte da morte anunciada é prolongado para duas horas num jogo de prolepses e analepses que justificam as motivações do assassino, ele próprio tão bandido como o assassinado.
Gostei do filme pelo trabalho de prolongamento que se dá a um breve período de tempo, a um esmiuçar de pormenores de uma circunstãncia: como um encontrão que se dá na rua a meio de uma passadeira atravessada à pressa. O impacto foi tão rápido que os transeuntes não perceberam que já se conheciam de anos antes cuja amizade foi estragada porque a mãe de um deles não suportava que o amigo do filho se abancasse lá em casa à pala do jantar.
Lembro-me com saudade de uma cadeira de literatura em que a professora nos sugeria um objecto qualquer, um lápis, um alfinete, e falássemos dele durante cinco minutos. Perdulária a professora. Dava-nos também uma semana para pensarmos na lógica discurso.
Gostei do filme. Não pelo nome mais sonante que o chama às bilheteiras, Brad Pitt, mas pela personagem que dá andamento à acção. Não liguei ao nome e tive pena. Poderia resolver o assunto agora numa pesquisa da net mas tenho preguiça. E fico por aqui.
Leonoreta
. Outros Blogs
. Poliedro
. Lusitana
. casimiro
. Dumb
. Mac
. Relogio de Pendulo (Herético)
. Mixtu
. Beta
. Patinho